Doenças crónicas são aquelas que têm duração superior a um ano e que podem necessitar de cuidados médicos constantes por um longo período de tempo. Não se trata de situações agudas, mas podem ser bastante graves e afetar a qualidade de vida dos indivíduos portadores dessas doenças.

Entre os exemplos de doenças crónicas, pode-se citar o cancro, as doenças cardiovasculares, a obesidade, a diabetes, a hipertensão arterial, a doença renal crónica, fibromialgia, entre outras. Estas patologias devem ser monitorizadas mesmo quando não há sintomas e muitas necessitam de tratamento durante toda a vida, por isso, por definição, não têm cura.

As doenças crónicas são uma das principais causas de mortalidade no mundo e a principal diferença entre as doenças crónicas e as situações agudas é o risco em relação à vida. Enquanto o paciente recebe tratamento prolongado no caso de uma patologia crónica, nas situações agudas os cuidados são urgentes, com a finalidade de impedir a morte do paciente. Assim, nas doenças crónicas, o acompanhamento adequado aumenta as possibilidades de prolongar a esperança média de vida, concedendo aos pacientes uma maior qualidade de vida.

Embora algumas tenham caráter hereditário, há algumas doenças crónicas que estão intimamente relacionadas com alguns fatores de risco que aceleram o desenvolvimento das doenças crónicas evitáveis. Se estes hábitos fazem parte de seu dia a dia, vale a pena repensá-los:

  • Alimentação inadequada: o consumo excessivo de gorduras, fritos e açúcar, o abuso do sal na confeção dos alimentos, a diminuição do consumo de fruta e produtos hortícolas, a diminuição do consumo de leite e seus derivados, a baixa ingestão de água e o hábito de saltar refeições que pode ser responsável pelo consumo excessivo de alimentos.
  • Hábitos tabágicos: a dependência do tabaco gera uma série de consequências graves para a saúde, entre elas, uma maior probabilidade de desenvolver doença cardiovascular, hipertensão arterial ou cancro.
  • Sedentarismo: a não realização de atividade física prejudica o funcionamento do organismo e potencia o aparecimento de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial, entre outras.
  • Consumo excessivo de álcool: a ingestão excessiva e recorrente de bebidas alcoólicas é outro fator de risco que aumenta a possibilidade de desenvolver várias doenças crónicas, como doenças cardiovasculares, doenças do fígado, entre outras.
  • Stress: a alta reincidência de circunstâncias de tensão psicológica, ansiedade e nervosismo impede o normal equilíbrio do organismo, podendo provocar patologia cardíaca e hipertensão arterial.  O stress pode também diminuir as defesas do organismo, ficando o sistema imunitário deprimido e o organismo fica mais suscetível a infeções, podendo também estar relacionado com o aparecimento de doença oncológica.

As doenças crónicas são muito preocupantes pois podem causar sérios danos à saúde e bem-estar dos pacientes. Manter hábitos saudáveis no dia a dia, como praticar atividade física, ter hábitos de sono saudáveis, bons hábitos na alimentação, não esquecendo a ingestão de água que se encontra no centro da roda dos alimentos, devendo ser a sua bebida de eleição, permitindo evitar o consumo excessivo de bebidas açucaradas e alcoólicas de maior valor calórico. Tentar também evitar o stress e manter uma atitude positiva e otimista perante a vida. A mente também precisa de ser cuidada. Mesmo que esteja rodeado por muitas pessoas, é muito importante tirar tempo para si.

Junho 2022

Maria João Gameiro Oliveira, Enfermeira

Referências bibliográficas

– http://chrodis.eu/

-http://www2.insa.pt/sites/INSA/Portugues/AreasCientificas/PSDC/Paginas/Doen%C3%A7asCronicas.aspx


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